quarta-feira, 2 de novembro de 2011

GONVERNO NEGA ATRASO NOS TERRENOS

O adiamento das obras da ferrovia Transnordestina no trecho Ceará para 2014 não é resultado de atraso nas desapropriações, defende Secretaria de Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra).

A conclusão da ferrovia de cargas Transnordestina no trecho Ceará só vai ficar para 2014, um ano depois da entrega das obras nos estados de Pernambuco e Piauí, como O POVO publicou em matéria no dia 22 de outubro. O adiamento não é devido a atrasos nas desapropriações, como defendeu o secretário adjunto da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Otacílio Borges .  

Em entrevista a O POVO, Borges disse que a mudança de data se deu por decisões da Transnordestina Logística, empresa responsável pela obra. Ele explicou que as desapropriações seguiram o cronograma da empresa. “Estamos com 250 km desapropriados e ação em praticamente todo o trecho restante com a expectativa de que, antes do final do ano, vão estar desapropriadas todas as áreas”, destacou Borges. O trecho Ceará possui 526,57 quilômetros. Segundo Otacílio Borges, em 2009, a Transnordestina Logística solicitou a liberação em trechos contínuos de 150 km no total entre Missão Velha e Aurora. Em um prazo de 60 a 70 dias, os trechos foram liberados. O secretário adjunto explicou que, em agosto de 2009, a Transnordestina Logística pediu ao Governo que suspendesse o trabalho de desapropriações. Na época, segundo o subsecretário, já eram 210 km liberados e prontos para serem entregues. A explicação dada ao governo era de que havia necessidade de fazer algumas adequações ao projeto. Os trabalhos de desapropriação, segundo ele, foram paralisados até 21 de maio de 2011 porque a Transnordestina Logística faria uma readequação no projeto. Depois desse período, os trabalhos de desapropriação recomeçaram. Segundo a Seinfra, para as desapropriações no Ceará houve convênio entre Estado e União no valor de R$ 14,8 milhões, dos quais R$ 13,3 milhões a serem liberados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e R$ 1,48 milhão de contrapartida do Estado. Os serviços foram em três trechos: Missão Velha-Acopiara (183 km) ; Piquet Carneiro-Quixadá (179,2 km); e Itapiúna - Pecém (164,3 km). Estratégico - Segundo a assessoria de imprensa da Transnordestina Logística, “o Estado do Ceará é estratégico para o projeto bem como o porto de Pecém, onde boa parte da demanda será escoada”. A assessoria admitiu que os prazos do Governo do Estado coincidem com as informações da empresa. Sobre a adequação da ferrovia, a Transnordestina Logística explicou que o projeto executivo do trecho do Ceará teve que sofrer modificações por várias questões, como as ambientais. “Com isso, os processos de desapropriações e licenças ambientais sofreram atrasos”, disse.
 
FONTE: O POVO - CE

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