quinta-feira, 29 de setembro de 2011

EMPRESÁRIOS CHINESES MANIFESTAM INTERESSE EM INVESTIR NO CEARÁ

O governador Cid Gomes recebeu nesta quinta-feira (29), no Palácio da Abolição, executivos da a Sinohydro, empresa chinesa de infraestrutura que tem interesse de participar de projetos no Ceará. Entre eles estão a construção do arco metropolitano, que deve ligar a Pacatuba à BR-222, ampliação do Porto do Pecém e de parte da Ferrovia Transnordestina. Durante o encontro, o Governador explicou como funciona a lei de licitações e as parcerias público-privadas (PPP).


A visita dos empresários ao Ceará foi sequência de um convite feito pelo governador Cid Gomes quando esteve na China no semestre passado. A Sinohydro construiu 65% das usinas hidrelétricas de médio e grande porte da China, incluindo a usina de Três Gargantas, maior do mundo, no Rio Yangtze.

29.09.2011

Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil ( comunicacao@casacivil.ce.gov.br / 85 3466.4898)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

LOCOMOTIVAS DESEMBARCAM NO CEÁRA



foto: cassimiro silva
O Porto de Fortaleza, no Ceará, recebeu nesta sexta-feira, 23, as locomotivas da Nova Ferrovia Transnordestina, os equipamentos fazem parte de um acordo feito entre a CDC (Companhia Docas do Ceará) e a Transnordestina Logística S.A. As seis unidades, recebidas pelo terminal, fazem parte do primeiro lote; até o fim do ano o sistema portuário cearense receberá mais cinco, totalizando um total de 11 locomotivas que pesarão 2.100 toneladas.
Em um primeiro momento, a carga ficará armazenada no pátio do terminal até o fim dos tramites aduaneiros e sua liberação pela Receita Federal, após este processo as locomotivas serão transportadas até as oficinas da Transnordestina.
foto: revista grande construções
Não é a primeira vez que o terminal cearense recebe equipamentos para viabilização da ferrovia. No ano passado, chegaram pelo porto todos os trilhos necessários para a construção do trecho do Ceará da Transnordestina. A ferrovia fará a ligação entre os Portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. O projeto representa uma grande empreitada logística que tem a finalidade de ampliar a competitividade da Região Nordeste.

VÍTIMA DA TRANSNORDESTINA NO PI QUER R$ 1,5 MILHÃO DA ODEBRECHT

O trabalhador José Carlos Oliveira dos Santos que sobreviveu ao acidente grave nas obras da ferrovia Transnordestina no dia 18 de dezembro do ano passado, em Paulistana (450 km de Teresina), está querendo R$ 1,5 milhão de indenização por danos morais, materiais e estéticos contra a empresa Norberto Odebrecht SA, responsável pela obra.
Com a queda do andaime da obra, dois trabalhadores perderam a vida. José Carlos alega que está com diversas cicatrizes pelo corpo que estaria bastante deformado. O empregado recebia R$ 2.958. A sua defesa junto à Justiça do Trabalho está sendo realizado pelo advogado da Força Sindical, Dr. Edson Pereira de Sá.

fonte: brasil portais.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

EMPRESAS DEVOLVEM CINCO MIL QUILÔMETROS DE FERROVIAS À ANTT

São Paulo - A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) define até novembro o que será feito com trechos desativados das ferrovias brasileiras. A Agência recebeu as propostas das concessionárias ALL, FCA e Transnordestina sobre devolução e recuperação de trechos e está avaliando se o sugerido tem fundamento.

Ao todo, são 5.544 km de linhas férreas desativadas ou subutilizadas. As concessionárias propuseram devolver para a União 1.761 km de via e recuperar outros 3.783 km.

Segundo o superintendente de serviços de transporte de cargas da ANTT, Noboru Ofugi, o compromisso da concessionária é manter o trecho em condições de tráfego. Ele explica que no caso dos trechos a serem devolvidos, a concessionária pode recuperar e devolver, sem pagar indenização, ou pagar indenização, cujo valor será avaliado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), dono do patrimônio.



Empresas

A ALL pretende devolver somente 45 km dos 2.675 km de vias questionados pela ANTT. O trecho em questão é o ramal de Piracicaba (SP), que fica na malha paulista da concessionária, que terá sete trechos recuperados. Também serão revitalizados 12 trechos da malha sul e um na oeste.

A empresa já concluiu a recuperação de dois trechos: Presidente Epitácio-Presidente Prudente e o ramal de Ladário.

Já a FCA quer recuperar 604 km de vias e devolver outros 642 km. Apesar de fazer parte da contabilidade de recuperação, o trecho São Francisco-Propriá, com 431 km, já foi concluído pela concessionária, que faz parte da Vale. Entre os trechos a serem devolvidos está a Linha Mineira, que liga Belo Horizonte (MG) a Campos (RJ).

domingo, 25 de setembro de 2011

ITATAIA PRECISA DE UMA FERROVIA PARA SER VIÁVEL

Com gargalos logísticos em vários setores, governo instala a CT Log do Ceará para propor e agilizar soluções

A expectativa da Adece é de que o EIA-Rima da Usina de Urânio de Itataia esteja concluído em dois anos
SILVANA TARELHO
 Se tudo "caminhar nos trilhos", nos próximos dois anos os Estudos de Impactos Ambientais (EIA-Rima) da usina de urânio de Itataia estarão prontos e aprovados e o empreendimento "livre e desimpedido" para avançar. Certo? Nem tanto. Sem um ramal ferroviário, com cerca de 100 quilômetros de extensão, ligando a mina à Ferrovia Transnordestina, será impossível transportar e exportar os minérios (calcário, fosfato e o urânio) extraídos da mina.

"Sem esse ramal, Itataia não será viável. O problema é que a Transnordestina (Logística) não quer fazer o ramal", confirmou na tarde de ontem, o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Francisco Zuza de Oliveira, durante reunião de instalação da Câmara Temática de Logística do Ceará (CT Log Ceará). Segundo ele, a nova linha férrea está orçada em R$ 3 milhões, por quilômetro, ou seja, em R$ 300 milhões.

Gargalos
Ao coordenar a instalação da nova Câmara, que será composta por representantes do setor produtivo, do governo e de entidades de classe, Zuza de Oliveira enumerou alguns dos principais "gargalos" de ordem logística que terão que ser resolvidos no Estado, nos próximos anos. Perante representantes dos 20 órgãos que compõem o colegiado, ele apontou também a necessidade de construção, no Porto do Pecém, de mais terminais (píers) para transporte de fertilizantes (fosfato) e de grãos.

Conforme explicou, até 2014, a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP) estará desembarcando 2,4 milhões de toneladas de calcário, extraídos da Chapada do Apodi. "A estimativa é de que uma carreta de calcário passe pela Chapada do Apodi, a cada 25 minutos. A Câmara precisará discutir e apontar soluções para isso, porque as estradas (por onde hoje, são transportados melões) não irão suportar o peso", acrescentou Zuza de Oliveira.

Ele citou, ainda, a necessidade de alargamento das alças e de curvas de algumas estradas do Estado, diante do tamanho dos caminhões para transporte de aerogeradores e pás às usinas eólicas, e de construção do arco rodoviário metropolitano. Orçada em R$ 310 milhões e com 88,1 quilômetros de extensão, a nova rodovia está com 85% do projeto executivo concluído, mas sem recursos.

Ressonância
Para Zuza, a Câmara deve atuar como "uma caixa de ressonância à Seinfra", apontando, discutindo, equacionando e propondo soluções às principais demandas dos setores econômicos, direta ou indiretamente, ligados ao sistema de logística, como os transportes rodoferroviário, aeroviário, dentre outros. A próxima reunião do CT Log Ceará será em seis de outubro, data em que será eleito o novo presidente do colegiado.

CARLOS EUGÊNIO
REPORTE

SDU SUDESTE RETIRA 28 FAMÍLIAS DE ÁREA DE RISCO DA TRANSNORDESTINA

Famílias foram levadas para o Residencial Padre Pedro Balzi, que possui 353 moradias.

A Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sudeste transferiu 28 famílias que moravam em área de risco, na Vila Parque do Sol, próximo à linha férrea da Transnordestina. As famílias foram levadas para o Residencial Padre Pedro Balzi, conjunto construído com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 10 milhões.

Ao todo são 353 moradias construídas especificamente para abrigar desabrigados das enchentes, que morem em áreas de riscos ou à beira de barrancos. São casas com sala, quarto, cozinha, banheiro, vias calçadas, água, luz, serviço regular de coleta de lixo e linha de ônibus coletivo. Destas 353 casas, 283 foram entregues à medida que eram concluídas suas edificações.

Para Elmano Férrer, prefeito de Teresina, colocar essas famílias em lugar seguro e livres de qualquer situação de vulnerabilidade é compromisso de gestão. "Dignidade, esta é a palavra que simboliza o prazer de ter um teto para o cidadão poder abrigar sua família", afirmou o prefeito.

Alguns dos pequenos casebres do Loteamento Parque do Sol estavam a apenas cinco metros da linha por onde passam os trens de carga, assustando os moradores e causando insegurança, relatou Marcondes Sérgio, no momento de sua saída para a nova moradia. "Outro dia um vagão desceu o barranco e quase caía em cima de minha filha. Agora vamos ficar livre desta ameaça", afirma Marcondes.

Lucia Costa é outra moradora satisfeita com a transferência e faz questão de agradecer ao prefeito Elmano Férrer e à equipe da SDU Sudeste. "Agradeço em primeiro lugar à Deus e depois ao nosso prefeito. Agora podemos dormir tranquilos"
    
As transferências são acompanhadas por membros da Gerência de Habitação da SDU Sudeste e por funcionários da empresa que faz a coleta do lixo domiciliar na capital, disponibilizando caminhões para levar os pertences dos moradores.

Seguindo o cronograma de comemoração de aniversário de oito anos da SDU Sudeste, no dia 30 de setembro, o prefeito Elmano Férrer fará a entrega oficial das casas do Residencial Padre Pedro Balzi.

domingo, 18 de setembro de 2011

CEARÁ JÁ TEM MAIS DE 200 KM CONTÍNUOS LIBERADOS PARA AS OBRAS DA TRANSNORDESTINA

As desapropriações das terras para a implementação da ferrovia Transnordestina avançam no Estado. Já foram liberados 210 quilômetros contínuos para a colocação dos trilhos em terras cearenses, mais de um terço dos aproximadamente 526 quilômetros do trecho da ferrovia no Ceará. A Justiça já concedeu a imissão de posse, última etapa do processo de desapropriação, em outros 240 quilômetros do total a ser desapropriado. A empresa Transnordestina Logística S.A (TLSA) é a  responsável pela construção da ferrovia, que corta parte do Nordeste em mais de 1700 quilômetros.



Os trabalhos de negociação e desapropriação são realizados pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), em parceria com a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) e a Procuradoria Geral do Estado. Para agilizar ainda mais as desapropriações a Seinfra está reforçando as equipes que prestam apoio junto aos indenizados com a alocação de mais engenheiros, advogados, sociólogos e assistentes sociais nas comarcas de Juazeiro do Norte,
Quixadá e Limoeiro do Norte.


No território cearense os serviços foram divididos em três trechos: Missão Velha-Acopiara (183 km ; Piquet Carneiro-Quixadá (179,2 km); e Itapiúna-Porto do Pecém (164,3 km), totalizando 526,5 km de ferrovia. O segmento Missão Velha/Lavras da Mangabeira, teve 20 quilômetros de desmatamento executado. Em outros três segmentos o Estado já liberou as terras para a Transnordestina Logística dar início às obras de implementação da ferrovia.


Para as desapropriações no Ceará foi celebrado convênio entre Estado e união no valor de R$ 14.833.383,93, dos quais R$ 13.350.048,24 a serem liberados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e R$ 1.483.338,68 de contrapartida do Estado.  A implantação da Ferrovia Transnordestina prevê um investimento de R$ 6,5 bilhões. A construção da ferrovia permitirá a integração da estrutura produtiva do Nordeste com as demais regiões brasileiras a partir da união de três pontos do sistema ferroviário do Nordeste - Missão Velha (CE), Salgueiro (PE) e Petrolina (PE).

Saiba mais

-A Ferrovia terá na sua totalidade 1.728 quilômetros ligando a  cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape (Pernambuco) e Pecém (Ceará).

-Já foram dfestinados R$ 8.250.036,50 para desapropriações no Estado. Até agora, 672 proprietários já foram indenizados.

-A capacidade de movimentação dos portos beneficiados pela ferrovia será aumentada em até 30%;

- O Estado dividiu os mais de 500 quilômetros das vias em três grandes trechos que, por sua vez, subdividem-se em 11 segmentos de aproximadamente 50 quilômetros cada.

- Segundo estudos do Banco do Nordeste, quando a Transnordestina estiver operando serão gerados cerca de 500 mil novos empregos para os nordestinos, em diversos segmentos;

- A ferrovia integrará o sistema hidroviário do Rio São Francisco, o sistema rodoviário sertanejo e o sistema ferroviário já existente, tornando mais eficiente a logística do transporte de cargas.
- Imissão de posse de um imóvel é o ato judicial pelo qual a posse do imóvel é legalmente entregue à pessoa física ou jurídica.



Assessoria de Comunicação da Seinfra
Marcos Cavalcante/Luiz Guedes

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CEARÁ LIBERA 40% DAS TERRAS PARA TRANSNORDESTINA

O Governo do Ceará anunciou nesta quinta-feira (15) que o estado liberou 210 quilômetros contínuos para a colocação de trilhos da Transnordestina. No total, os trilhos do empreendimento do Governo Federal – que liga Pernambuco ao Piauí, cruzando o Ceará - ocupará 525 quilômetros de terras cearenses.
De acordo com o Governo do Estado, a Justiça concedeu imissão de posse na faixa de outros 240 quilômetros ao longo da Transnordestina, onde famílias serão desapropriadas. A empresa Transnordestina Logística S.A (TLSA) é a responsável pela construção da ferrovia, que corta parte do Nordeste em mais de 1700 quilômetros.
As desapropriações no Ceará são realizadas pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), em parceria com a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) e a Procuradoria Geral do Estado.
Governo quer concluir ferrovia Transnordestina até 2013, diz Dilma
Em três segmentos da obra no Ceará estão liberadas as terras para a empresa responsável dar início às obras de implementação da ferrovia. Entre os municípios de Missão Velha e Lavras da Mangabeira, foi executado o desmatamento de 20 quilômetros.
Para as desapropriações no Ceará foi celebrado convênio entre Estado e união no valor de R$ 14.833.383,93, dos quais R$ 13.350.048,24 a serem liberados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e R$ 1.483.338,68 de contrapartida do Estado. A implantação da Ferrovia Transnordestina prevê investimento de R$ 6,5 bilhões.
Para o Governo do Estado, a construção da ferrovia permitirá a integração da estrutura produtiva do Nordeste com as demais regiões brasileiras.

fonte: G1

CONCESSIONÁRIAS VÃO REATIVAR 3,8 MIL KM

Depois de um ultimato dado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nas últimas semanas, as concessionárias de ferrovias apresentaram um plano de recuperação de 3,78 mil km de trechos hoje subutilizados. Segundo o governo, atualmente vários desses trechos estão abandonados, inclusive com trilhos desgastados e dormentes podres. A partir de agora, América Latina Logística (ALL), Transnordestina Logística e Ferrovia Centro Atlântica (FCA) terão duas opções: ou recuperam e passam a operar esses trechos ou os devolvem à União.
Trata-se da maior investida frente às concessionárias desde o processo de privatização da malha ferroviária brasileira, que começou em 1997. Foram avaliados pela ANTT como subutilizados 5,54 mil km em todo o Brasil. Desse número, as concessionárias propuseram a devolução de 32% (1,76 mil km) e a recuperação dos 68% restantes (quase 3,8 mil km).
A partir de agora, a ANTT fará uma análise de todas as propostas feitas pelas três empresas, tanto acerca dos trechos que passarão por recuperação como os que passarão por devolução. O primeiro ponto de crítica da agência é em relação ao prazo proposto pelas empresas para realizar a recuperação dos trechos - as concessionárias pediram até cinco anos e meio. "A princípio, esse prazo é muito extenso. Queremos essas ferrovias recuperadas o quanto antes", defende o superintendente de serviços de transporte de cargas da ANTT, Noboru Ofugi.
Nos trechos em que optaram por devolução, as empresas têm agora dois caminhos: ou as recuperam de forma a deixá-las operacionais, para então entregá-las à União, ou as entregam sem novos investimentos, mas sob pena de indenização a ser estipulada pela ANTT. Para as concessionárias, é mais seguro realizar a recuperação dos trechos para depois devolvê-los, se for o caso, do que depender dos cálculos de indenização feitos pela agência.
Proporcionalmente, a empresa que mais ofereceu trechos para devolução é a Transnordestina Logística, cujo principal acionista é a Companhia Siderúrgica Nacional- CSN (72% de participação). A companhia teve 1,62 mil km contestados pela ANTT e quer entregar de volta 66% deles (1,07 mil km). São dois trechos. O maior deles, com 595 km, fica em Pernambuco e vai do sertão do Estado até perto do litoral, ligando as cidades de Salgueiro a Jorge Lins, que fica na região metropolitana de Recife.
"Não há nenhuma possibilidade de recuperação. É um trecho obsoleto, do final do século dezenove, feito para transporte de passageiros e não de carga. No momento da privatização, já estava fora de operação", defende um executivo ligado à CSN que prefere não se identificar.
Segundo ele, a Transnordestina está fazendo uma linha férrea [a Nova Transnordestina, de 1,7 mil km, ligando Suape a Eliseu Martins (PI) e a Pecém (CE)] praticamente de traçado paralelo a esse trecho abandonado. "Recuperar seria pelo menos 1,7 vez mais caro do que construir uma nova linha", diz ele, que diz que o governo já havia identificado em 2005 a inviabilidade do projeto.
"O próprio governo fez o estudo sobre o trecho e chegou à conclusão que não tinha demanda nenhuma. Esse trecho já foi entregue desativado para a empresa. Tanto é que se fala na devolução agora, mas a empresa já manifestou o interesse de devolver o trecho em 2005", observa o executivo. "No local, até há movimentação de carga, mas não o suficiente para sustentar uma operação viável", diz.
O segundo trecho a ser devolvido pela CSN tem 479 km, sendo boa parte no Estado do Rio Grande do Norte. Vai de Macau (litoral norte do Estado), passa pela capital Natal e cruza a divisa do Estado até Paula Cavalcante, na Paraíba. "A Transnordestina pagará indenização se for o caso, mas antes negociará com o governo", afirma.
O único trecho interessante para a CSN é o que vai de Cabo, próximo a Recife, cruza Alagoas, passando pela capital Maceió, e desce até Propriá, no Sergipe (próximo ao Rio São Francisco). Segundo o executivo, essa ferrovia já estava completamente pronta em junho do ano passado. Entretanto, as chuvas que atingiram Alagoas em 2010 destruíram 200 km do trecho. "Agora, é preciso que o governo dê um aporte de R$ 60 milhões para reformar o trecho", diz. O trecho tem 549 km e o prazo dado pela empresa para a recuperação é de 6 meses após a definição dos recursos solicitados ao governo. "É como se a empresa tivesse alugado um apartamento. Se houver um terremoto e destruir o prédio, quem está alugando não pode ser responsabilizado pela reconstrução", defende.
Já a ALL praticamente não quer se desfazer de trechos na sua extensa malha. A única exceção são 45 km no interior de São Paulo, um ramal que liga Piracicaba à região de Americana.
Segundo um executivo da empresa, o primeiro motivo para a devolução desse trecho seria a pouca demanda por cargas na região. A segunda decorre de uma posição contraditória das duas cidades. Enquanto Piracicaba tem interesse na malha ativa, Americana prefere um contorno para que a malha não atravesse a cidade - o que demandaria investimentos que podem ser pesados para a empresa, que não enxerga viabilidade econômica suficiente para dispender os recursos.
Para os outros 2,63 mil km, a ALL elaborou planos de recuperação, em prazos que variam entre 9 meses e cinco anos e meio. Um desses trechos fica no litoral do Estado, entre Cajati e Samaritá, no qual a ALL ainda encontra dificuldades com relação à questão ambiental. Há tribos indígenas no local e é preciso uma série de procedimentos burocráticos, segundo a empresa, para que as obras sejam realizadas.
Um dos trechos a serem recuperados pela ALL seria um de 130 km, já alvo de um acordo com a empresa Agrovia - que investirá cerca de R$ 100 milhões para a revitalização. Para outros dois trechos no interior paulista, a empresa ainda busca parceiros.
Na emaranhada malha da FCA, controlada Vale, foram apontados como subutilizados 1,24 mil km pela ANNT. Segundo os estudos da empresa, serão 642 km devolvidos e 604 km recuperados, após a autorização da ANTT. O maior dos trechos contestados pela agência se refere aos 431 km que ligam São Francisco, na Bahia, a Propriá, em Alagoas. A empresa não quis comentar o assunto alegando que os estudos ainda estão em análise pela ANTT.
Para Richard Dubois, consultor da PricewaterhouseCoopers, fica mais caro recuperar certos trechos. "Em algumas linhas, o traçado é muito ruim."
Contexto
A ANTT deu prazo de 60 dias para que as concessionárias apresentassem um plano de recuperação das ferrovias subutilizadas. O prazo terminou em 6 de setembro. É mais uma da série de medidas que vem sendo tomadas pelo governo na tentativa de tornar as ferrovias mais competitivas e atualizar um modelo criado há 15 anos, quando foi iniciada desestatização.
Como pano de fundo, o marco visa melhorar o atendimento aos clientes e reforçar a infraestrutura mediante um estímulo à competição no setor. As regras fixam direitos e deveres para poder público, companhias e clientes.
Em relação às concessionárias, as novas regras estabelecem que haverá metas de operação a serem cumpridas em cada trecho. Antes, as empresas trabalhavam com regime consolidado de metas. Esse sistema poderia "disfarçar" operações consideradas insuficientes em trechos específicos - em geral, os menos rentáveis para as companhias.
Nas rotas em que for identificada capacidade ociosa, a regulamentação prevê ainda a quebra do monopólio. Significa que outras empresas poderão realizar investimentos e explorar os trilhos, com pagamento à concessionária.
Também está em discussão nova regra que pretende diminuir o teto tarifário cobrado pelas concessionárias. Hoje, a iniciativa privada comanda 11 malhas. A ALL tem a mais extensa, seguida pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA) e pela Transnordestina Logística. Segundo dados da Agência Nacional dos Transportadores Ferroviários, as concessionárias já investiram R$ 25 bilhões em melhorias.

fonte: valor económico/revista ferroviaria

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

REPRESENTANTES DA TRANSNORDESTINA PARTICIPAM DE REUNIÃO NA SEFAZ

foto by Site Transnordestina
Representantes da Companhia Siderúrgica Nacional participaram nesta terça-feira (13), de uma audiência na Secretaria da Fazenda. O encontro tratou o Pleito Fiscal da Nova Transnordestina e o processo de instalação da ferrovia no Piauí. A ideia, segundo os executivos da empresa, é que a operação comercial já comece em 2013, com o transporte de minérios e grãos da região Sul do Estado.

Na reunião, o secretário da Fazenda, Silvano Alencar, falou da importância da ferrovia e a geração de renda que ela trará quando estiver pronta. “Sabemos da importância da ferrovia para o Estado, ela é essencial para o crescimento, hoje nenhuma grande empresa tem interesse em se instalar em um lugar que não ofereça condição logística e estrutura, com a Transnordestina vamos solucionar parte desse problema no Piauí”.

O diretor administrativo financeiro da Transnordestina Logística, Ricardo Fernandes, também enfatizou a importância da obra para o Nordeste e os trabalhos feitos com o apoio do Governo do Estado. “Estamos otimistas com o andamento da obra, estamos destravando as últimas questões referentes à desapropriação que vai permitir que o investimento na sua totalidade ocorra de acordo com o nosso cronograma para a geração da operação comercial a partir de 2013”.

A Transnordestina vai ligar a região Sul do Piauí aos portos de Pecém, no Ceará e Suape, em Pernambuco, facilitando o escoamento da produção. A ferrovia tem 1.728 quilômetros de extensão, 420 deles no Piauí. Na totalidade, a obra está orçada em 5,4 bilhões de reais, desses R$ 1,2 bilhão será investido no Piauí.

O gerente de Relações Institucionais da CSN, Ivan Marques, destacou a ferrovia, que terá um padrão internacional de qualidade. “É uma ferrovia de bitola larga, ultramoderna, com capacidade de transporte de vagões três vezes maior que o habitual; outro ponto que merece destaque é que o traçado que sustenta a ferrovia tem poucos raios e com inclinação em média de 0,5%, que é um ideal para uma ferrovia no formato classe mundial”.

Os representantes da Companhia também falaram da construção de um ramal entre Palmerais e Teresina para o escoamento da produção da Suzano Papel e Celulose. “O ramal se conectaria até a malha já existente, faríamos o trecho de ligação da fábrica Suzano até a linha da CFN que passa por Teresina para escoar a produção no porto de Itaqui no Maranhão”, finaliza Fernandes.

foto by Site Transnordestina
                                            
foto by Site Transnordestina
fonte: Brasilportais

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

GOVERNO PODE RETOMAR QUASE 1.700KM DE FERRVOIAS

Empresas que administram malha ferroviária do País não encontraram viabilidade econômica em seis trechos de estradas de ferro que devem ser recuperadas.

Quase 1.700 quilômetros de ferrovias - praticamente uma Transnordestina - podem voltar para as mãos do governo federal. Na semana passada, as empresas que administram a malha nacional entregaram à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) os projetos de recuperação de 33 trechos abandonados, que somam 5,5 mil quilômetros de estrada de ferro. 

Em seis trechos, as companhias não encontraram viabilidade econômica para restauração.
Segundo o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, as propostas ainda serão estudadas. Em caso positivo, a agência poderá fazer novos leilões de concessão das áreas. Entre elas estão dois trechos da  Transnordestina, administrada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), uma da América Latina Logística (ALL) e uma da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada da Vale. Em alguns casos, as companhias podem ter de indenizar a União, de acordo com o diretor-geral da ANTT.
Nos demais 27 trechos, as concessionárias apresentaram plano para reativação dos ramais. Um deles é o da América Latina Logística (ALL), entre Pradópolis e Colina, em São Paulo, num total de 131 km. A recuperação das áreas vai elevar a capacidade da ferrovia brasileira. De acordo com dados da ANTT, apenas 10% da malha de 28 mil quilômetros é plenamente usada. 

Renée Pereira - O Estado de S.Paulo

PARCERIA VAI ACELERAR OBRAS DA TRANSNORDESTINA

Governo do Estado do Piaui e o Ministério vão monitorar mensalmente as obras da Transnordestina

O Governo do Estado e o Ministério do Planejamento vão monitorar mensalmente as obras da Transnordestina no Piauí. Em audiência com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, nesta terça-feira, o governador Wilson Martins acertou uma agenda para os próximos 60 dias. O objetivo é que nesse prazo todas as pendências burocráticas de desapropriação da área estejam resolvidas para que a empresa executora entregue a Ferrovia o mais rápido possível.
De acordo com o governador Wilson Martins, o principal passo para acelerar o processo é a mudança na burocracia para desapropriação. “Acertamos com a ministra que, em vez do alvará de posse, nós vamos poder trabalhar com a emissão de posse, um documento muito mais fácil e rápido para a execução do processo. Isto vai adiantar em 80% o trabalho que já estávamos fazendo”, garantiu Wilson Martins.
O governador disse ainda que em 15 dias as equipes técnicas do Governo e do Ministério vão se encontrar para monitorar a execução do projeto. “Deixamos bem claro que o Governo do Estado está fazendo seu trabalho de forma ágil e contamos agora com o apoio da ministra, que nos garantiu que o Ministério vai acompanhar mais de perto essa questão”, disse o governador.

Comitê técnico vai acelerar obras
O governador Wilson Martins vai nomear uma comissão multiprofissional para acompanhar e acelerar as obras da Transnordestina. O acordo feito com a ministra do Planejamento Miriam Belchior vai permitir a desapropriação mais rápida da região por onde vai passar a ferrovia.
A comissão formada por dezoito pessoas será composta por engenheiros, topógrafos, assistentes sociais, psicólogos, além de outros profissionais que trabalharão na área. “Estamos realmente muito confiantes porque, além de tudo, um novo juiz assumiu a comarca na região e também contamos com o esforço dele para acelerar esses processos. O fato é que em 60 dias tudo estará resolvido e a obra poderá realmente ser acelerada e concluída”, ressaltou Wilson Martins.
 fonte: 180graus/Brasil portais.

MORADORES DE ESCADA PROTESTAM CONTRA AS OBRAS DA TRANSNORDESTINA

Cerca de 70 famílias fecharam o trânsito na BR-101, próximo ao bairro de Frexeiras, no município de Escada, na Mata Sul, na manhã desta segunda-feira (12). Elas moram às margens da linha férrea e se dizem ameaçadas pelas obras da Transnordestina.

De acordo com os moradores, a empresa Transnordestina Logística havia pedido para entrar em suas casas para medir e cadastrar as famílias com a promessa de indenizá-las caso tivessem que sair do local. Mas, segundo os manifestantes, a empresa pegou os dados e entrou com um processo para expulsar as pessoas da área que será impactada pelas obras.

Da Redação do pe360graus.com

TRANSNORDESTINA TERÁ MINÉRIO DE FERRO COMO SEU MAIOR CLIENTE


Foto by Andersom Liniker (Ipú - CE)

A ferrovia Transnordestina mudou seu principal cliente e terá no minério de ferro, produzido no entorno do município de Paulistana, ao sul do Piauí, sua maior carga, podendo ultrapassar 80% do teto previsto de 22 milhões de toneladas por ano em 2016. Normalmente, se divulga que o transporte de grãos e de gesso será a base do negócio da nova malha ferroviária da região. A nova informação foi repassada na manhã desta quinta-feira (28) pelo diretor de negócios da Transnordestina Logística, Marcello Marques.
Segundo o executivo, a mina ainda não produz e a projeção é baseada no pontencial de extração da jazida, de 15 milhões de toneladas por ano. “O negócio do minério não existia (não era viável) antes. Foi viabilizado exatamente pela ferrovia”, afirma Marcello Marques. Ele participou nesta quinta do Suape Business Meeting, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham-Recife).
A Transnordestina terá 1.728 quilômetros de extensão, ligando Eliseu Martins, no Piauí, a dois destinos diferentes, com ramais partindo de Salgueiro, em Pernambuco. Da cidade sertaneja, um tronco da ferrovia seguirá para Suape. O outro vai para o Porto de Pecém.
A previsão é de que a ferrovia comece a operar no final de dezembro e em janeiro de 2013 Suape esteja plenamente operacional.
Marcello Marques comenta que, no momento, há revisões do traçado até o complexo industrial portuário porque já muitos elementos novos, face ao projeto executivo original. Entre eles está o Arco Metropolitano, uma espécie de “Rodoanel” que Pernambuco estuda construir para o transporte rodoviário de cargas como alternativa ao sufocado trecho urbano da BR-101. Assim como o primo paulistano, o Rodoanel, o Arco Metropolitano será uma via expressa voltada ao tráfego pesado que servirá para agilizar mercadorias e também livrar o Grande Recife do grande fluxo de caminhões.
Embora em fase de estudos, o Arco, estimado em R$ 1,8 bilhão, terá 98 quilômetros e ligará Itamaracá à Suape por um novo traçado que cortará a BR-232 e a BR-408. “Quando passamos dos estudos para a realidade, nos deparamos com essas interseções. Agora, temos que readequar o projeto no trecho até Suape”, afirma o executivo. Mesmo assim, ele sustenta o prazo de início oficial da operação para janeiro de 2013.

Fonte: http://escadaedesenvolvimento.wordpress.com/tag/transnordestina/

TREM DE CARGA DA TRANSNORDESTINA DESCARRILA EM TIMON (MA)

 Quatro vagões da Empresa Transnordestina descarrilaram nesta terça-feria (30), próximo ao posto de fiscalização na ponte metálica em Timon. Os vagões transportavam combustível, que não teria chegado a vazar. O local foi interditado e não houve mortos no acidente.

Em nota, a Transnordestina Logística S.A. informou lamentar o acidente ocorrido. Segundo o documento, uma equipe da empresa está no local para prestar toda a assistência às famílias que tiveram suas residências atingidas pelo tombamento e descarrilamento do trem.A empresa também já está adotando todas as medidas necessárias para apurar as causas do acidente.

Foto by Gil Oliveira (G1.globo.com)

Foto by Gil Oliveira (G1.globo.com)

Foto by Gil Oliveira (G1.globo.com)


Foto by Gil Oliveira (G1.globo.com)

domingo, 11 de setembro de 2011

AMSTED MAXION ENTREGA PRIMEIROS VAGÕES PARA A TRANSNORDESTINA

A Amsted Maxion, fabricante de vagões e componentes ferroviários,  entregou os primeiros vagões para a Transnordestina Logística, de um total de 455 unidades adquiridas pela empresa.

Os vagões hoppers modelo HNT, para transporte de lastro, e plataformas modelo PET, para transportes de trilhos e dormentes, estão sendo levados para a cidade de Salgueiro, em Pernambuco, e serão destinados à construção da ferrovia Transnordestina.

A entrega, prevista inicialmente para o final de julho, está sendo antecipada em razão dos programas recém implantados, que visam acelerar o desenvolvimento de novos produtos e manufaturá-los por meio do sistema de produção sincronizada enxuta. 

Foto by Cassimiro (Sobral - CE)

Foto by Gutierrez Lhamas Coelho (Belo Horizonte - MG)

Segundo a Amsted Maxion, a antecipação dos vagões também beneficiará a aceleração das obras da ferrovia, que está avaliada em R$ 5,4 bilhões. Com 1.728 km, ligará o município Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará. A previsão da fabricante é de concluir o fornecimento ao cliente até julho de 2012.

TRANSNORDESTINA FECHA PRIMEIROS ACORDOS DE CARGAS

Responsável pelo projeto da ferrovia Transnordestina, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) começou a fechar os primeiros contratos de transporte de cargas para a estrada de ferro de 1.728 quilômetros de extensão. Apesar de o início parcial das operações estar previsto somente para o fim do ano que vem, a empresa já assinou memorandos de entendimento para a movimentação de até 16 milhões de toneladas anuais de granéis líquidos, especialmente minério de ferro e gipsita.

Segundo apurou o Valor, o principal acordo foi fechado com o grupo Bemisa, braço minerador do Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. A empresa detém os direitos de exploração de uma vasta área no sudeste do Piauí, no entorno do município de Paulistana. A exploração da reserva, estimada em 1 bilhão de toneladas, só se tornou economicamente viável com a chegada da ferrovia, que passará pela região.

Trata-se do principal acordo firmado até agora pela Transnordestina Logística (TLSA), empresa controlada pela CSN. Contudo, já há também entendimentos com fabricantes de gesso da região de Araripina, em Pernambuco. Segundo Edison Pinto Coelho, diretor-executivo da TLSA, os memorandos, somados, preveem uma movimentação inicial de 2 milhões de toneladas por ano, podendo chegar a 16 milhões de toneladas anuais quando a ferrovia estiver operando a plena capacidade.

Ele explicou que o preço elevado do minério de ferro no mercado internacional tem encorajado a exploração do solo piauiense, que ainda não começou. "O cenário positivo incentivou e o mercado está se movimentando para ter essa opção logística. A surpresa positiva é que esse movimento está bem maior do que o estimado inicialmente", afirmou o executivo, que se disse impedido de revelar os nomes dos clientes.

Por meio de nota, a Bemisa informou apenas que sua produção no Piauí será iniciada em 2015, com 5 milhões de toneladas, atingindo o dobro deste volume dois anos mais tarde. Fundada em 2007, a empresa tem seus principais projetos em Mato Grosso (fosfato), Goiás (níquel), Bahia (minério de ferro) e Minas Gerais (minério de ferro).

Segundo Coelho, as perspectivas favoráveis de mercado acabaram promovendo o minério ao posto de carga mais significativa no portfólio da Transnordestina, superando a produção de grãos no cerrado do Piauí e do Maranhão, que cresce ano após ano. Além desses dois produtos, a estrada de ferro irá movimentar frutas, derivados de petróleo, fertilizante e álcool. A Transnordestina será capaz de movimentar até 30 milhões de toneladas por ano, volume que poderá ser dobrado com a instalação de pátios intermediários e novas locomotivas.

A projeção atual da TLSA aponta para novembro de 2012 o início das operações do trecho que ligará o município de Eliseu Martins (PI) ao porto de Suape (PE). Segundo o diretor da TLSA, o ramal está com 37% das obras concluídas, bem a frente da ligação entre Missão Velha (CE) e o porto de Pecém (CE), com apenas 2% de conclusão e obras praticamente paralisadas. A previsão de inauguração desse ramal varia entre abril e junho de 2013.

Além dos atrasos causados pela morosidade do processo de desapropriação, o trecho cearense sofre com a escassez de recursos. Segundo Coelho, a demora do governo federal em liberar os financiamentos adicionais, referentes ao reajuste no custo final da ferrovia, está atravancando as obras. Orçada em R$ 5,4 bilhões em 2008, a Transnordestina teve o custo atualizado para R$ 6,5 bilhões, especialmente em razão do custo maior de mão de obra e material.

Ocorre que o novo valor ainda não foi referendado pelo Ministério da Integração Nacional, o que impede que o repasse do montante correspondente ao reajuste. "Está em análise o aumento proporcional dos financiamentos, o que está impondo algumas dificuldades", diz o executivo.

Pela engenharia financeira definida, a CSN arcaria diretamente com 25% do custo total. O governo federal entraria com 18,2% em forma de participação direta no capital da TLSA. Os 56,8% restantes seriam financiados por BNDES (4,2%), Banco do Nordeste (3,3%) e Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (49,3%).
Fonte:Valor Econômico/Murillo Camarotto | Do Recife

SENAI FORMARÁ TRABALHADORES PARA A TRANSNORDESTINA

A Transnordestina Logística  está negociando   com o SENAI Pernambuco a formação de operadores ferroviários e maquinistas.  A diretora Técnica do SENAI, Ana Dias, esteve reunida com gerente de Recursos Humanos da Transnordestina Logística , Tarcísio Jaco Horn, eo diretor da Escola Técnica SENAI Água Fria, Severino Trajano para tratar dos detalhes de criação do cursos para qualificar trabalhadores novos  para a empresa.

Segundo Ana Dias, serão formados inicialmente em 2012 duas turmas, uma de maquinista e outra de operador ferroviário. O SENAI construirá a Escola Técnica SENAI Jaboatão que será voltada para construção civil, máquinas  pesadas e  ferrovia. A Unidade será instalada na antiga oficina de manutenção da Rede Ferroviária Federal, em Jaboatão. “O processo de capacitação acontecerá nessa nova escola e marca a retomada da formação de mão de obra para o segmento ferroviário”.  A última vez que aconteceu uma qualificação foi em 2000.

Tarcísio Horn informou que os funcionários que já atuam na empresa serão qualificados e  atualizados. A Transnordestina é um investimento de R$ 5,4 bilhões e passa pelos Estados do Piauí , Ceará e Pernambuco. O trecho Salgueiro/Suape será o primeiro a entrar em operação. A obra está  30%  concluída.