sábado, 15 de outubro de 2011

EMPRESAS CHINESAS CONCENTRAM ESFORÇOS EM OBRAS E FERROVIAS

São Paulo - A China vê o Brasil, com sua carência de transportes e de infraestrutura, como um dos mercados mais promissores do planeta para suas companhias voltadas a tais setores, só comparável neste quesito às nações africanas. Um bom exemplo do tipo de bem que a China busca nos vender se deu há 3 meses, quando o governo estadual do Rio de Janeiro e a Supervia (concessionária que administra o sistema de trens urbanos carioca) anunciaram um investimento de R$ 2,4 bilhões até 2020 para, entre outras ações, a compra de 34 trens da China, que devem entrar em operação em 2012. Por sinal, a China Machinery Corp e a China Northern Railwails - fabricantes de trens - planejam instalar no município fluminense de Três Rios uma base para manutenção e montagem de trens, em parceria com a companhia TTrans, que já opera na cidade.



Além das trocas comerciais, é cada vez mais forte o investimento chinês por aqui. Em se tratando de infraestrutura (e para destacar só um exemplo) executivos da empresa Sinohydro, da China, tiveram um encontro com o governador do Ceará, Cid Gomes, há cerca de 10 dias para acertar a atuação da companhia em obras como o arco metropolitano do Estado, que deverá ligar a cidade de Pacatuba à rodovia BR-222, a ampliação do Porto do Pecém e de parte da Ferrovia Transnordestina. Por sinal, no ano passado a China foi o país que mais investiu no Brasil: cerca de US$ 10 bilhões, com o que deixou para trás parceiros tradicionais nossos, como EUA, Japão, França e Alemanha.



TAV

No que tange ao Trem de Alta Velocidade (TAV), que o governo quer construir entre Campinas (SP), São Paulo e Rio de Janeiro, vale observar que a China é um dos poucos países que dominam a tecnologia de tal equipamento. Aliás, o trem-bala mais rápido do mundo, hoje, é chinês: trata-se da locomotiva que liga Pequim a Xangai, a qual alcança uma velocidade máxima de 487 km por hora.

Uma companhia que tem demonstrado insistente disposição em participar do TAV brasileiro é a chinesa China Railway Materials, especializada no setor. Mas o interesse chinês pelo nosso TAV vai além. Em abril, a construtora CCCC (China Comunications Construction Company) enviou carta ao governo brasileiro na qual afirma desejar participar do leilão do mesmo e se oferece para pedir ao governo da China 85% dos recursos para a obra. A CCCC é uma das maiores empresas chinesas do ramo. Conta com 112 mil empregados e patrimônio de US$ 268 bilhões. Aparentemente, os chineses têm menos receio de investir no TAV local pois acham que boa parte destes recursos retornarão com a venda de vagões e locomotivas ao Brasil para as linhas.

fonte: DCI

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